quinta-feira, 25 de abril de 2013


Imobilidade Urbana
 
No dia 13 de março do corrente, uma comissão de moradores do Jardim Batan, reuniu-se com o senhor Tiago Almeida, assessor do secretário municipal de transportes, na própria secretaria. Um dos pontos em pauta era a regularização do horário e/ou itinerário de três linhas de ônibus que circulam na zona oeste e deveriam atender, entre outros, as comunidades do Batan e Fumacê. As linhas de ônibus 739 (Auto Viação Bangu), 731  e 784 (Viação Andorinha) têm intervalos irregulares e pelo menos uma das linhas (739) descumpre o itinerário original. Este é um problema crônico que culminou na criação de um Grupo de Trabalho (GT) de transporte, na tentativa de sanar este problema entre outros.
Estas empresas vêm, sistematicamente, desrespeitando os contratos de concessão que têm com a prefeitura. Em nossas reuniões do GT de transporte, em geral, temos a presença de representantes da CET-Rio e da SMTR. Inclusive, em uma delas, tivemos a presença de um representante da empresa Auto Viação Bangu, que justificou o número reduzido de ônibus em circulação por problemas de recursos humanos. Fizemos reclamações e abaixo assinados sem lograr êxito. Na reunião com Tiago Almeida foi indagado qual ou quais os mecanismos que a prefeitura do Rio de Janeiro tem para obrigar as empresas a cumprirem o contrato. Segundo ele, tem que haver fiscalização para confirmar as infrações e consequentemente a aplicação de multas. No entanto a empresa Auto Viação Bangu, apesar de multada várias vezes, continua mantendo um número insuficiente de coletivos e desrespeitando o itinerário original. Ficou acordado que seria feita uma visita técnica para apurar as denúncias e demandas. Até hoje nada foi feito e o quadro continua o mesmo.
No dia 25 de março sofri uma queda quando tentava embarcar num ônibus da linha 389, no Centro. Como saldo, consegui uma fratura no punho direito tendo que me afastar das minhas atividades laborativas. Ontem (24/04), tive que me dirigir ao cartório eleitoral da minha zona para justificar o fato não ter votado no último pleito. O cartório é no bairro de Deodoro e para ir e voltar de transporte público dependo das famigeradas linhas 784 e 731. Demorei duas horas e meia para efetuar o trajeto, mesmo não tendo fila para o atendimento no cartório e eu morando em Realengo[i]. Depois de muito esperar pelos ônibus, resolvi pegar outra linha tendo que andar quase um quilômetro para ir e voltar.
Por que somos tratados desta maneira pelas empresas rodoviárias que atuam na zona oeste e a prefeitura nada faz? Por que mesmo organizados e reivindicando não conseguimos alterar este estado de descaso? Porque tenho que pagar impostos e cumprir as leis e os empresários do ramo rodoviário não? O que sei é que, hoje é mais fácil movimentar meu braço imobilizado do que circular de ônibus na zona oeste.







                                                  Foto Alexandre Rosa










[i] http://maps.google.com.br/maps/ms?authuser=0&vps=5&hl=pt-PT&ie=UTF8&oe=UTF8&msa=0&msid=200462524380381953344.0004db339131e5f6d3d80

Um comentário:

  1. Muito legal esse blog. Bacana essa iniciativa Armando, trabalhando a prática. Serei leitora assídua. muitos beijos amigo

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